domingo, 29 de novembro de 2020

As novas torres da Catedral de Santarém – 1934

O povo de Santarém vai finalmente ter a satisfação de contemplar brevemente, as duas torres de nossa Matriz que num labor contínuo e eficiente se eleva aos céus, como dois braços súplices, que se dirigem a Deus, rendendo-lhe graças, rogando-lhe bênçãos.

É que além dos esforços dispendidos pela prelatura e povo, temos a contar com a dedicação e férrea força de vontade do nosso vigário, Frei Rogério, em cujos ombros pesa a responsabilidade da execução dessa grandiosa obra, que marcará de futuro, a passagem útil por esta Prelatura, de tão abnegado sacerdote.

Frei Rogério parece um enamorado das torres, fitando-as de todos os lados como para descobrir, se há algum ponto de construção que destoa das linhas de antemão traçadas, e não perde um minuto de folga, sem que a sua visão atilada, esteja preocupada senão com as torres!

E as obras impulsionadas por mãos hábeis de aprimorados artistas, vão prosseguindo num trabalho insano, porfiado mas seguro, quase eterno...

 

NOTA: Texto extraído do “O Jornal de Santarém” de 03 de fevereiro de 1934.

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