quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Sobre a fortificação militar em Óbidos – 1902

Em maio do ano findo (1902), ordenou-se a execução dos estudos preliminares destinados a fornecer elementos para a elaboração de um plano de defesa.

Pelos estudos feitos, ficou determinado um ponto do planalto da Serra da Escama, à qual se presta com vantagem à instalação de uma bateria.

Na referida Serra efetuaram-se levantamentos e nivelamentos longitudinais em uma extensão de 2.134 metros e transversais na extensão de 5.985 metros. Fez-se também o levantamento, a partir do lago Jeretepava [sic], da margem do rio ao igarapé Pauxis e lago do mesmo nome e o do trecho do Coronazal [sic] e dois caminhos, tudo em uma extensão de 24 quilômetros.

Para o projeto de fortificação a casa Fried. Krupp apresentou uma memória justificativa relativamente à adoção de três baterias, composta uma de dois canhões de tiro rápido de grosso calibre, outra de quatro canhões de tiro rápido de calibre médio e outra de três obuses de grosso calibre e ao estabelecimento de dois holofotes.

Tendo sido escolhida a encosta ocidental do morro para local do abarracamento do 4º Batalhão de Artilharia, iniciou-se logo o serviço de derrubada para o preparo do campo.

Executaram-se também concertos em um prédio em ruínas existentes nas proximidades do forte para servir de enfermaria.

Abriu-se um porto no Lago Pauxis e fez-se uma picada para ligar este porto ao Morro da Escama.

 

NOTA: Texto extraído do Relatório do Ministro da Guerra de 1903.

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