segunda-feira, 23 de novembro de 2020

As trocas de prefeito na década de 1970

A administração pública municipal é tão complexa quanto a administração do Estado, pela quantidade das funções que desenvolve: abastecimento, educação, cultura, saúde, polícia, trânsito, concessão de serviços públicos, etc... Nesse elenco de funções ou superatividades é necessário que seja desenvolvido um programa de trabalho pelo menos a médio prazo.

Essa definição depende do seu comando, vale dizer, do chefe do Executivo. A cidade de Santarém, com cem mil habitantes e com importantes funções regionais, tem sido governada em média de 1 ano para cada Prefeito, a partir de 1973, data em que seu crescimento demográfico e ampliação urbana se acelerou. Nesse ano governava Everaldo Martins, seguido de Oswaldo Aliverti, Adilson Siraiama, Paulo Lisboa e Antônio Guerreiro, e ao que tudo indica no mês de março por outro. Cinco prefeitos em cinco anos.

Nesse troca-troca não foi possível montar-se um plano de trabalho que possa ser implantado, porque exigiria pelo menos quatro anos para sua efetivação. O outro ponto, seria com a equipe de planejamento que a Prefeitura possui, montar um plano de trabalho que não seja afetado pela constante troca de prefeitos. Isso é muito difícil em virtude de cada prefeito querer dar sua marca pessoa à administração pública municipal. Enquanto isso continua vivendo empiricamente em pleno 1978, com tantos exemplos de eficiência mostrado por outros administradores, talvez com maiores dificuldades que a Prefeitura de Santarém. Quem desgostou pequena parcela para acertar, transformou-se em líder, naturalmente... Mas quem não acreditou, ou não acredita em administração como Ciência, colhe os resultados como estão demonstrando o 15 de novembro.

 

NOTA: Texto extraído do “Jornal do Baixo-Amazonas” de 26 de novembro de 1978.

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