A administração
pública municipal é tão complexa quanto a administração do Estado, pela
quantidade das funções que desenvolve: abastecimento, educação, cultura, saúde,
polícia, trânsito, concessão de serviços públicos, etc... Nesse elenco de
funções ou superatividades é necessário que seja desenvolvido um programa de
trabalho pelo menos a médio prazo.
Essa definição depende do seu comando, vale dizer, do chefe do Executivo. A cidade de Santarém, com cem mil habitantes e com importantes funções regionais, tem sido governada em média de 1 ano para cada Prefeito, a partir de 1973, data em que seu crescimento demográfico e ampliação urbana se acelerou. Nesse ano governava Everaldo Martins, seguido de Oswaldo Aliverti, Adilson Siraiama, Paulo Lisboa e Antônio Guerreiro, e ao que tudo indica no mês de março por outro. Cinco prefeitos em cinco anos.
Nesse troca-troca
não foi possível montar-se um plano de trabalho que possa ser implantado,
porque exigiria pelo menos quatro anos para sua efetivação. O outro ponto,
seria com a equipe de planejamento que a Prefeitura possui, montar um plano de
trabalho que não seja afetado pela constante troca de prefeitos. Isso é muito
difícil em virtude de cada prefeito querer dar sua marca pessoa à administração
pública municipal. Enquanto isso continua vivendo empiricamente em pleno 1978,
com tantos exemplos de eficiência mostrado por outros administradores, talvez
com maiores dificuldades que a Prefeitura de Santarém. Quem desgostou pequena
parcela para acertar, transformou-se em líder, naturalmente... Mas quem não acreditou,
ou não acredita em administração como Ciência, colhe os resultados como estão
demonstrando o 15 de novembro.
NOTA: Texto extraído
do “Jornal do Baixo-Amazonas” de 26 de novembro de 1978.
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