A complementação salarial concedida pelo Ministério de Educação e Cultura aos professores da Escola de Primeiro Grau Plácido de Castro, não está sendo pago desde o mês de janeiro deste ano. Com isso vários professores deixaram de lecionar em protesto à falta de pagamento, o que resultou na redução do quadro docente daquele estabelecimento de ensino, que no início era uma das escolas mais conceituadas de primeiro grau de Santarém, hoje com poucos professores, sem energia elétrica e com falta de água.
O Plácido de
Castro começou a funcionar em 1974, com 26 professores, atendendo um razoável
número de alunos. Hoje possui apenas 13 professores, para um número superior a
500 alunos. A causa do abandono foi o atraso no pagamento, pois a última vez
que os professores receberam a complementação salarial concedida pelo MEC foi
nos meses de outubro e novembro (do ano anterior), quando receberam Cr$ 800,00
por cada mês. De início os educadores acusaram a direção do estabelecimento
pelo atraso. Ocorre que a própria direção do educandário, a quem compete a
maior parte do vencimento da complementação salarial, também há muito tempo não
recebe a verba. Com isso não pode pagar os professores, que nem a ela compete e
arcar com despesas de manutenção do estabelecimento.
Sem verba para
pagar os professores, o Plácido de Castro vive uma fase crítica. Faltam
professores das matérias técnicas, transportes para os alunos, inexiste uma orientadora
educacional pedagógica e, até mesmo, uma vice-diretora.
NOTA: Texto
extraído do “Jornal do Baixo-Amazonas” de 26 de novembro de 1978.
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