quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Documentos históricos: Títulos de Cavaleiros do Vaticano

Corria o ano de 1910. O Bispo Dom Amando Bahlmann sofria algumas perseguições políticas na Prelazia de Santarém. Em retribuição ao grupo político que mantinha-se ao lado do Bispo e defendendo o mesmo na imprensa local, Dom Amando conseguiu que o Papa Pio X concedesse o título de “Cavaleiro” a dois santarenos: José Joaquim de Moraes Sarmento (Deputado Estadual) e Manoel Valentim de Oliveira da Paz (Secretário da Intendência). Eis o texto dos decretos pontifícios:
 
PIO Papa X. Amado Filho (Manoel Valentim de Oliveira da Paz), saudação e bênção apostólica. Tendo nós sido informado e reconhecendo nós por documento importantíssimo do Antistite titular de Argos, o Prelado Nullius de Santarém, seres tu pessoa honrada de preclares virtudes e que assiduamente empregas todo o zelo e trabalho no cargo de presidente da Conferência dos Vicentinos, que exercita a caridade para com os pobres, deveras te achamos digno de nós te honramos com o título honorífico e prêmio. Portanto, por estas letras te fazemos, constituímos e proclamamos Cavaleiro da ordem eqüestre de São Silvestre Papa, alistando-te nas fileiras destes cavaleiros distintíssimos. Concedemos com este intento a ti, amado filho, que possas livre e licitamente por a farda própria dessa ordem eqüestre como também trazer a respectiva insígnia a saber: a cruz áurea, octógona, em cuja alva superfície há no centro a efígie de São Silvestre Papa, pendente em fita de seda bicolor vermelha e preta, sendo vermelha nas orlas, no lado esquerdo do peito, como usam os outros cavaleiros. Mas para que não haja diferença, quer no traje, quer na maneira de trazer a dita cruz, mandamos que a ti se entregue o figurino anexo. Dado em Roma, junto a São Pedro, sob o anel do Pescador, no dia 5 de julho de 1910, sétimo do nosso pontificado. Raphael Cardeal Merry de Val, Secretário de Estado”.


PIO Papa X. Amado Filho (José Joaquim de Moraes Sarmento), saudação e bênção apostólica. Teus exímios méritos pela causa católica a os comunicados e provados pelo autorizado testemunho do Bispo titular de Argos e Prelado Nullius de Santarém é sobretudo o elogio do afeto com que assiduamente exercitas o múnus de presidente do conselho particular das Conferências Vicentinas que de algum modo nos obrigam a conferir-te um título e prêmio conspícuo. Nesta mira pela presente Letras te fazemos, constituímos e proclamamos Cavaleiro Comendador da ordem de São Silvestre Papa e te alistamos no número desta mesma belíssima ordem eqüestre. Portanto, amado filho, te concedemos que possas livre e licitamente por a farda própria dessa ordem eqüestre e seu grau e trazer a respectiva insígnia maior a saber: a cruz áurea, octógona, em cuja alva superfície há no centro a efígie de São Silvestre Papa, suspensa numa fita de seda bicolor vermelha e preta, sendo vermelha nas orlas, lançada ao redor do Pescoço. Mas para que não haja diferença, quer no traje, quer na maneira de trazer a referida cruz, mandamos que a ti se entregue o figurino anexo. Dado em Roma, junto a São Pedro, sob o anel do Pescador, , no dia 5 de julho de 1910, sétimo do nosso pontificado. Raphael Cardeal Merry de Val, Secretário de Estado”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário