segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

A APAE se torna uma realidade em Santarém – 1979


A Associação de Pais e Amigos do Excepcional (APAE) mantém atualmente, distribuindo em 6 salas por diversas escolas 73 alunos excepcionais. Há entretanto a necessidade de cobrir pelo menos 300 alunos. O problema segundo Wilmar Frazão reside na dificuldade de equipamento adequado, por isso, viu-se obrigado a redução do número de alunos.

Em 1978, quando Wilmar Frazão assumiu o cargo de presidente e seus companheiros de diretoria (Joaquim Gonçalves – vice, profa. Ordoenia Cohen – tesoureira, profa. Matilde Maia e Benedita Brasil – secretárias) fixaram, como meta de trabalho, o início da construção da sede da Associação em Santarém. Assim foi que desenvolvendo gestões, junto às autoridades locais, sociedades civis e de utilidade pública e mesmo particulares, conseguiu a diretoria, no início do ano de 1978, um terreno de aproximadamente 8 mil metros quadrados. A APAE desenvolve hoje, aceleradamente a construção do Centro de Recuperação, na Rua 24 de Outubro, esquina com a Avenida Cuiabá, no Bairro da Liberdade. O projeto, elaborado pela Universidade Federal de Santa Catarina, através de seus Campus, contará com as seguintes dependências básicas:

Área construída                 1.128 m2
Área verde                          2.722 m2
Área p/ ampliação            4.085 m2
 
O prédio terá também dependências para administração, oficinas, salas de aula, refeitório, enfermaria, copa e cozinha, dependências de serviços complementares. Trata-se, portanto, de uma escola construída, em condições especiais para tender uma clientela específica. A obra está com a alvenaria toda concluída, o que, segundo os responsáveis representa um terço da obra total, com investimento de Cr$ 1,2 milhões de cruzeiros com apenas aproximadamente 4 meses de trabalho e com recursos exclusivamente da comunidade, através de promoções da entidade. A participação voluntária é algo significativo, segundo o presidente. Trabalham nesta obra à título de cooperação, a arqueóloga Maria de Nazaré Bentes, os engenheiros Eduardo Siqueira, José Carlos Madeira, e Erivaldo Cardoso.
Durante a visita que o prefeito Antônio Guerreiro e o Bispo Dom Tiago procederam às obras, ficaram entusiasmados com o trabalho, e com a aceleração das obras.
Após uma reunião, em pé, na própria obra, o prefeito autorizou o uso de uma faixa de terreno da Prefeitura e o Bispo adicionou ao terreno mais de 4 lotes pertencentes a Prelazia de Santarém, que permitirá a ampliação das instalações no futuro.
Wilmar Frazão, informa que a única verba que tem previsto para 1979 é oriundo de um convênio com CENESP/APAE (organismo do MEC) no valor de Cr$ 1,4 milhão de cruzeiros. A diretoria pretende executar na cidade campanha de arrecadação de fundos principalmente em virtude de agora a obra entrar numa fase de maior necessidade de recursos.

NOTA: Publicado no Jornal do Baixo Amazonas, de 27 de janeiro de 1979.

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