Parece que o nosso esporte tende, agora, a se
normalizar, vencendo, assim, a apatia em que temos vivido esses últimos meses.
E a prova tivemo-la domingo último, 23 do expirante, com o encontro realizado
entre as primeiras e segundas turmas do “São Francisco Sport Club” e
“Independência Football Club”.
O estádio do Azulino, à tarde daquele dia,
regurgitou de expectadores que ali foram assistir aos dois embates, que
decorreram renhidos e na mais agradável cordialidade.
No jogo dos segundos “teams”, iniciado às 3,15,
venceu o São Francisco pela contagem de 2X0.
Às 4,30 horas, teve início a pugna principal. O
score de 4 a 0, conquistado pelos alvi-azuis contra os locais, não traduz em
absoluto o que foi, de fato, esse formidável encontro, cheio de lances
arrojados de parte a parte. Não houve inteiro predomínio de um quadro sobre o
outro. Foi notável o equilíbrio de forças, como visível e patente foi, também,
a pouca sorte com que preliaram os azulinos.
Após dois anos de consecutivas vitórias sobre o
alvi-azul e os demais grêmios locais, perdeu o São Francisco um jogo – o de
domingo passado – para o pujante Independência, que demonstrou, em público, o
valor das novas figuras que integralizam, agora, a sua primeira turma.
=
Escrevem-nos:
O sr. Augusto Lopes, o juiz da partida principal
de domingo passado, realizada entre o campeão local e o Independência, se bem
que desejasse acertar, falhou:
1º, quando, com excessivo rigor, logo no princípio
do embate, marcou um “penalty” contra o São Francisco, em virtude de uma falta
notadamente involuntária de Chicão;
2º, quando deixou de marcar falta mais grave,
porque proposital cometida por Dacio na área penal, de que resultou na
consequente investida, um ponto contra o São Francisco;
3º, quando marcou o ponto conquistado por
Guilherme Collares, que estava impedido.
Pela publicação destas linhas agradece
UM NEUTRO.
NOTA:
Publicado no Jornal de Santarém de 29 de julho de 1933.
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