Concedendo entrevista à Rádio Rural de Santarém,
no dia 15 próximo passado, o senhor Santino Sirotheau Corrêa deu noticia de
primeira mão àquela emissora, dizendo ter renunciado o cargo de Presidente da
Executiva do M. D. B., em Santarém e se desligado do partido.
Aquele político Mocorongo, que foi fundador do M.
D. B. no Pará e presidente do diretório de Santarém desde o princípio, disse da
mágoa que lhe levou assim proceder.
Agradeceu aos seus amigos e correligionários, que
continuam lhe honrando com suas amizades e confiança, e teceu comentário pouco
lisonjeiro a certos políticos daquele partido, dizendo, mesmo, que alguns lhe
pagaram com uma das 30 moedas de Judas, os favores por ele prodigalizados em
épocas difíceis.
Foi vítima de um complô de velhas ratazanas do
partido. Velhas e carcomidas ratazanas que cruzaram os braços no momento
difícil em que era preciso reestruturar o M. D. B. no Pará.
Acharam eles, na hora amarga, que deviam fechar as
portas do partido no Pará, porque não tinham condições de competir com os da
Revolução.
Foi Santino que, deixando de lado as ratazanas
procurou os catitas (ratinhos) e reestruturou o M. D. B. no Pará.
Pois, por vingança ou frustação, as ratazanas
impuseram dois candidatos além dele, para receber os votos dos emedebistas de
Santarém, com o intuito premeditado de prejudicá-lo.
Não era mesmo de continuar em tão má companhia.
Muito bem, Santino! Todos os erros do passado
estão perdoados, pelo gesto altivo que tiveste.
AURANDO.
NOTA:
Publicado no Jornal de Santarém de 19 de junho de 1971.
Naquele tempo,como hoje, não é muito diferente a política.
ResponderExcluirÉ cobra engolindo cobra...