Por Silvério
Sirotheau Correa
Parti, ansioso e
triste, a passo lento,
Sentindo o golpe
da infelicidade
Desses que
partem sem deixar saudade,
Desses que
sofrem sem achar alento.
Pelos vales sem
fim da adversidade
Arrastei-me,
infeliz, ao sol e ao vento,
Buscando luzes
para o meu talento,
Buscando os
louros da celebridade.
Por merecer-te,
andei, de lado a lado,
A mastigar os
pomos do pecado,
E a sorver
mágoas, e a pisar espinhos...
Eis-me de volta,
o Apertar-me em teus braços:
– Trago na alma
a volúpia dos espaços,
Trago na fronte
a poeira dos caminhos!
NOTA: Poesia
publicada no ano de 1928.
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