domingo, 24 de maio de 2020

Sobre o alistamento eleitoral em 1930


O sr. coronel Intendente do município desejando elevar ao máximo o valor eleitoral de Santarém, determinou continuassem a funcionar ativamente as comissões incumbidas do alistamento.
De fato, é ridículo para nós, com um grande município, cuja população passa de 50 mil almas, figurarmos na lista geral do Estado com um número de 1.900 eleitores, enquanto outras comarcas menores apresentam 3 e 4 mil votantes.

Para erguer o nome de nossa terra e faze-la respeitada pelo seu prestígio eleitoral, devemos incentivar o alistamento.
Número baixo de eleitores, significa elevada cota de analfabetos.
E nós, nesse ponto, graças a Deus, não somos piores do que os nossos irmãos da Amazônia, nem conhecemos dentro do Estado município com tantos estabelecimentos escolares e com maiores matrículas do que Santarém.
Urge demonstrar lá fora, que Santarém não é uma terra de analfabetos e pode facilmente arregimentar cinco mil cidadãos eleitores.

NOTA: Texto extraído do jornal “A Cidade” de 22 de março de 1930.

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