Por padre Manuel
Rebouças Albuquerque
Numa cidade...
Tive fome, um dia,
E estava sem
dinheiro... Deparei
Soberbo
palacete, onde esplendia
A festa, o
luxo... Era o solar de um rei...
Pedi comida... E
o cara do vigia,
De olhar vesgo
me olhou... E vi que a lei
Era expulsar da
porta quem pedia...
– Sofri, mas,
altaneiro, não chorei!...
No campo... Tive
fome, e, com dinheiro,
Eu quis comprar
comida, e o bom roceiro
De graça me
fartou, risonho e nobre!...
Lembro o
contraste, e meditando eu fico:
– Ai, como é
pobre, com dinheiro o rico!...
– Ai, como é
rico, sem dinheiro o pobre!...
NOTA: Não encontramos
data de publicação desta poesia.
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