As mais
conhecidas águas verdadeiramente minerais da bacia amazônica são as termo
sulfurosas de Monte Alegre, no Baixo Amazonas. Essas fontes se grupam em
meridionais e setentrionais e se acham a 12 km a oeste da cidade de Monte
Alegre, na chapada de terrenos devonianos coberta de campos naturais e cercada
pelas serras de Ereré, Aroxí, Marixá, Santa Helena e Itauajurí. Brotam com a
temperatura de 37° a 38° C, cerca de 10° a 15° C mais quentes do que as águas
superficiais da região.
As fontes
setentrionais estão à beira da estrada de Monte Alegre para o Centro Agrícola
Inglês de Souza, à margem esquerda do rio Cachoeira. São fontes sulforosas
aconselhadas para o tratamento de moléstias de pele.
Nas proximidades
de Óbidos, Pará, no rio Tucandeiro existe uma fonte sulfatada e cloretada.
Merecem especial
menção as fontes oriundas de sondagens executadas pelo Governo Federal, para
petróleo em Itaituba e Bom Jardim, margem esquerda do Tapajós, Pará, e para
carvão em Campina, margem direita do Parauarí, Amazonas. Nas primeiras, as águas
saem das camadas devonianas, nas profundidades entre 290 e 300 metros, e na de
Campina escoa das camadas da base do carbonífero, a 234 metros de profundidade.
A sondagem de Itaituba dá uma vazão de 137 litros por minuto, à 37° C. As
sondagens de Bom Jardim, que inicialmente deram grandes vazões, estão hoje
praticamente secas.
A sondagem de
Campina, na bacia do Maués (Parauarí), apresenta uma fonte com 144 litros por
minuto.
NOTA: Publicado
na revista O Observador Econômico e Financeiro, edição 089, ano 1943.
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