Deverá começar
em outubro a construção do centro de recuperação atendimento a menores
excepcionais, em terreno na rua 24 de outubro, entre a Avenida Cuiabá e Frei
Ambrósio. A decisão foi tomada pela associação de pais e amigos dos
excepcionais de Santarém – APAE, que tem como presidente Wilmar Frazão.
Através de
doações de áreas feita pela Prelazia de Santarém e pelo falecido comerciante
Manoel Bezerra, a entidade já conta com uma área de 2.850 metros quadrados,
estando ainda desenvolvendo gestões a fim de conseguir mais alguns lotes
contíguos. O projeto do centro foi todo elaborado na Universidade de Santa
Catarina, com a intermediação do diretor do campus avançado, Luiz Alves
Rodrigues. Embora a área a ser construída esteja prevista no projeto, serão
executadas incialmente 1.265 metros de área coberta composta de módulos e
prevendo ampliações.
ATENDIMENTOS
A previsão
inicial é instalar capacidade para atender 100 crianças e o projeto final custará
cerca de três milhões de cruzeiros, computados os valores das doações,
inclusive os terrenos. Com uma reserva inicial com pouco mais de 100 mil
cruzeiros em caixa terão inícios as obras. O prosseguimento da iniciativa será
feito através de campanhas de doações de materiais de construção e para isso já
estão formadas as comissões, incluindo três engenheiros que darão serviço
gratuito.
Atualmente são
atendidas em Santarém 72 crianças com variados tipos de deficiência, em
trabalho desenvolvido por 10 professoras contratadas pelo Núcleo de Atendimento
de Educação Especializada, da SEDUC, que tem como coordenadora em Santarém a
Professora Sandra Maria Figueiredo de Amorim. O atendimento é precário, as
verbas são poucas e as mestras utilizam salas de 4 escolas diferentes, e alguns
deficientes são atendidos em uma sala da Quinta Divisão do Ensino. As
deficiências mais comuns são a mental e auditiva. Dos atendimentos, 52%
apresentam problemas mentais. Essa situação poderá melhorar com a instalação do
Centro da APAE, porém, como revelar o presidente da entidade Wilmar Frazão “a maior preocupação não é exatamente como o
esforço para a construção do Centro e sim com sua plena utilização e posterior
manutenção”.
NOTA: Publicado
no Jornal do Baixo Amazonas de 01 de outubro de 1978.
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