Felisbelo Jaguar
Sussuarana
Queres, bem sei,
que eu seja teu capacho
Talvez porque me
julgas embeiçado
Pelo teu vulto
lindo e aprimorado,
Pelos teus
olhos, que mais são que um facho.
Bem sabes tu
que, ufano, não me agacho
Porque não vivo
como um desprezado
A quem não sobra
– pobre desgraçado! –
Um só dedal de
mel dentro do tacho.
Eu tenho orgulho
do que valho e, assim,
Não troco meu
valor, ó querubim,
Pelo valor de
muitos, que bem sei...
Pois, a servir a
ti de limpa-pés,
Prefiro ser, te
digo por quem és,
Um deputado que
não cumpre a lei.
NOTA: Poesia
publicada em 1928, usando o pseudônimo de Flávio Tapajós.
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