Abaixo
transcrevemos um quadro dos cabanos do Baixo Amazonas que foram presos a bordo da
corveta “Defensora”, conforme livro de registro da citada corveta, aberto em
janeiro de 1840, que hoje faz parte do acervo do Arquivo Público do Estado do Pará.
Interessante que, além de paraenses, há nos registros inclusive pessoas de
outras Províncias do Império e até mesmo estrangeiros e, ao contrário do que
comumente se pensa, muitos brancos, além de indígenas e negros.
Nome do cabano
Dados pessoais
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Origem e data
de detenção na corveta
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Motivo da detenção na Corveta
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Destino dado
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01.
Antonio Joze Francisco Leitaõ, solteiro, sem ofício, 45 anos, tapuia.
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Almeirim,
17 de março de
1838
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Ser chefe cabano em Almeirim e um
dos sublevados da escuna “Guajará” onde assassinaram o comandante da mesma.
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Foi
incorporado à marinha imperial.
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02.
Antonio Albano, casado, lavrador, 36 anos, indígena.
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Monte Alegre,
09 de setembro
de 1839
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Foi pronunciado em Monte Alegre
por assassinato.
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Passou para o
Quartel de Artilharia.
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03.
Antonio Francisco dos Santos, casado, lavrador, 39 anos, indígena.
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Óbidos,
09 de setembro
de 1839
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Foi pronunciado em Óbidos por
assassinato.
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Passou para o
Quartel de Artilharia.
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04.
Domingos Pereira, casado, lavrador, 35 anos, indígena.
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Almeirim,
09 de setembro
de 1839
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Pronunciado em Gurupá, por ter
confessado formar quadrilha de rebeldes que cometeram assassinatos.
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Recolhido para
o Quartel de Artilharia.
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05.
Faustino Jozé G. Varella, casado, lavrador, 35 anos, branco.
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Monte Alegre,
22 de abril de
1838
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Foi pronunciado em Monte Alegre
pelo assassinato do capitão Nicollao da Gama Lobo.
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Foi recolhido
à cadeia pública da cidade do Pará.
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06.
Francisco Domingos Maciel, casado, lavrador, 52 anos, mameluco.
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Vila de
Tapajós (Santarém),
09 de setembro
de 1839
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Pronunciado em Santarém por ter
evadido da cadeia e cometido assassinatos na entrada da dita Vila.
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Foi
incorporado ao Arsenal da Marinha Imperial.
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07.
João Caetano Viana, Solteiro, solteiro, soldado, 28 anos, branco.
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Vila de
Tapajós (Santarém),
10 de junho de
1838
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Pronunciado em Santarém por
assassinato.
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Foi recolhido
ao Arsenal da Marinha Imperial.
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08.
João Baptista de Oliveira, casado, lavrador, 34 anos, branco.
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Monte Alegre,
17 de março de
1838
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Foi pronunciado em Monte Alegre
pelo assassinato do capitão Nicollao da Gama Lobo.
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Foi recolhido
ao Arsenal da Marinha Imperial.
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09.
Jozé Adão de Meireles, casado, lavrador, 57 anos, tapuia.
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Monte Alegre,
17 de março de
1838
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Foi pronunciado em Monte Alegre
pelo assassinato do capitão Nicollao da Gama Lobo.
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Foi recolhido
ao Arsenal da Marinha Imperial.
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João
da Gama de Vasconcelos, solteiro, carpinteiro, 26 anos, indígena.
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Faro,
18 de abril de
1839
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Foi pronunciado em Faro como
assassino.
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Foi recolhido
ao Arsenal da Marinha Imperial.
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Jozé
Antonio Christovão, viúvo, lavrador, 35 anos, indígena.
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Monte Alegre,
09 de setembro
de 1839
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Foi pronunciado em Monte Alegre
por acompanhar as quadrinhas dos rebeldes e cometer assassinatos.
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Foi recolhido
ao Quartel de Artilharia.
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Jozé
Evaristo, casado, lavrador, 40 anos, indígena.
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Vila Franca,
06 de novembro
de 1839
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Não há registro.
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Faleceu em 11
de janeiro de 1840.
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Lourenço
Xavier de Castro, casado, lavrador, 39 anos, mameluco.
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Vila de
Tapajós
(Santarém),
31 de maio de 1839
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Pronunciado em Santarém como
rebelde, foi enviado preso para Macapá, onde promoveu rebelião e fugiu da
prisão. Sendo novamente preso.
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Sai da corveta
doente. Foi encaminhado ao hospital, donde não há mais registro.
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Modesto
Jozé, solteiro, lavrador, 27 anos, branco.
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Monte Alegre,
17 de março de
1838
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Foi pronunciado em Monte Alegre
pelo assassinato do capitão Nicollao da Gama Lobo.
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Foi recolhido
ao Arsenal da Marinha Imperial.
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Pedro
Henriques, viúvo, lavrador, 35 anos, cafuzo.
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Monte Alegre,
09 de setembro
de 1839
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Foi acusado de assassinato.
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Foi recolhido
ao Arsenal da Marinha Imperial.
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