sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Momento Poético: A Nave

Felisbelo Jaguar Sussuarana

Pandas velas ao vento, majestosa,
A nave vai singrando o mar irado;
Sem rumo, sem destino, a tenebrosa
Procela não prevê – monstro malvado.

E singra, e singra a nave duvidosa
O vasto mar, imenso, encapelado!
Em busca vai dum mundo cor de rosa,
Dum mundo nunca visto nem sonhado.


Cai a procela! O mar é negro esquife.
Eis que a nave batendo num recife
Escangalha-se todo e após se alaga...

Assim a mocidade: atrás dum sonho,
Atira-se ao da vida mar medonho
E como a nave muita vez naufraga...


NOTA: Poesia escrita usando o pseudônimo “Flávio Tapajós”, datada em Belém, novembro de 1912.

2 comentários:

  1. Certamente o poeta fazia referência ao naufrágio do navio TITANIC, ocorrido no ano de 1912.

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  2. Belo poema....mocidade..idade....tempo...
    Parabéns pela iniciativa de postar poemas de autores santarenos...e que venham mais poemas de autores vizinhos...

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