Felisbelo Jaguar Sussuarana
Pandas
velas ao vento, majestosa,
A
nave vai singrando o mar irado;
Sem
rumo, sem destino, a tenebrosa
Procela
não prevê – monstro malvado.
E
singra, e singra a nave duvidosa
O
vasto mar, imenso, encapelado!
Em
busca vai dum mundo cor de rosa,
Dum
mundo nunca visto nem sonhado.
Cai
a procela! O mar é negro esquife.
Eis
que a nave batendo num recife
Escangalha-se
todo e após se alaga...
Assim
a mocidade: atrás dum sonho,
Atira-se
ao da vida mar medonho
E
como a nave muita vez naufraga...
NOTA: Poesia escrita usando o pseudônimo
“Flávio Tapajós”, datada em Belém, novembro de 1912.
Certamente o poeta fazia referência ao naufrágio do navio TITANIC, ocorrido no ano de 1912.
ResponderExcluirBelo poema....mocidade..idade....tempo...
ResponderExcluirParabéns pela iniciativa de postar poemas de autores santarenos...e que venham mais poemas de autores vizinhos...