Dias atrás
participei de um caloroso debate sobre a existência ou não dos indígenas
Boraris. Fiquei devendo a alguns amigos e amigas, uma informação histórica
sobre a existência dos mesmos indígenas. Encontrei uma descrição do botânico
João Barbosa Rodrigues que partilho agora no blog:
Em maio de 1872, chegando eu à cidade de Santarém,
no rio Tapajós, e informando-me das diversas localidades do mesmo rio, desejei
saber se conheciam a origem do nome Borary
ou Puêrary, com que era conhecida a
antiga missão, hoje vila do Alter do Chão.
Na aldeia de Santarém ainda existem descendentes dos
índios missionados em Puêrary, que
me afirmaram ter a extinta missão esse nome, devido às contas verdes ou
amarelas, que então se encontravam no Lago Verde e nas margens de um ribeirão
que, por essa circunstâncias, tomou esse nome, que pela língua tupy significa rio das contas ou água das contas. A tradição é que essas contas eram para ali
levadas pelos Tapayunas, que as iam
buscar no rio Jamundá, entre os Uaboys e Cunurys, que as recolhiam de outros
índios ou das Amazonas.
NOTA: Trecho da
obra “O Muirakitan ou Aliby”, do citado autor.
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