Por Pe. Sidney Augusto Canto
01. A Paróquia de Santa Ana não ficava em Itaituba...
Quando o governo
da Província do Pará criou a paróquia de Santa Anna, no ano de 1854, sua sede
ficava na Vila de Brasília Legal. Somente por meio da Lei Nº 290, de 15 de
dezembro de 1856 (que criou a Vila de Itaituba) é que a paróquia de Santa Anna,
mantendo todos os privilégios de sua criação, apenas mudou sua sede para a
recém-criada Vila de Itaituba.
02. A primeira verba para a nova Vila de Itaituba...
A Câmara
Municipal da Vila de Itaituba só teve aprovada a sua primeira “verba” pela
Assembleia Legislativa Provincial por meio da lei 326, de 10 de outubro de
1858, ano em que foi instalada a Vila. O valor da verba era de 515$000
(quinhentos e quinze mil réis).
03. Um conflito entre o padre e o subdelegado de
polícia...
Em 1855 o
povoado de Itaituba era atendido pelo missionário capuchinho italiano Frei
Egídio de Garesio. Por questões de interpretação de poder, o referido
missionário entrou em atrito com o Subdelegado de Itaituba que parecia querer
impedir que o padre celebrasse missas em Itaituba. O fato foi parar nas mãos do
Presidente da Província que, em 01 de agosto de 1855, oficiava a Frei Egídio,
informando que o Subdelegado não podia impedir o culto, mas que o frade o
informasse sempre que o fosse fazê-lo.
04. Um registro epidêmico em Itaituba...
No ano de 1856,
antes mesmo de Itaituba ser sede de uma Vila, sua população foi atacada por uma
epidemia de “febres intermitentes”. Foi assim que, em 26 de julho de 1856, o
presidente da Província, Henrique de Beaurepaire Rohan, envia ao Subdelegado de
Polícia de Itaituba, os medicamentos necessários para conter a sobredita
epidemia.
05. O sonho de ligação com o Mato Grosso...
No seu relatório
apresentado em 01 de novembro de 1863, o presidente da Província do Pará,
Araújo Brusque, informa à Assembleia Provincial que incumbiu o cidadão Antônio
Gentil Augusto e Silva que com a ajuda dos tuxauas mundurucus Sauba-Caruato e
Dutiba-Boiben, respectivamente chefes das malocas Apetury e Cabruá, deveria
explorar a abertura de uma estrada que vencesse as cachoeiras entre Itaituba e
a fronteira com a Província do Mato Grosso.
06. Falecimento do pároco de Itaituba...
No dia 01 de
julho de 1877, vitimado pelo beribéri, falece o vigário da paróquia de
Itaituba, o padre Manoel Antônio Rebello. Estimado pelos seus paroquianos ele
foi o padre que deu início à construção da Igreja Matriz de Santa Anna,
padroeira de Itaituba.
07. Doações para a reconstrução da Matriz...
No dia 10 de
novembro de 1896, o Intendente Municipal de Itaituba repassa a quantia de
4:000$000 (quatro contos de réis) para a Comissão encarregada das obras de
reconstrução da Igreja Matriz de Itaituba. Cinco dias depois, em comemoração da
grande data Nacional da Proclamação da República, o coronel José Joaquim de
Moraes Sarmento e sua esposa fazem doação, para a dita obra da matriz de Santa
Anna, da importância de um conto de réis.
08. A ajuda itaitubense para construir um hospital
em Santarém...
A Lei Municipal
Nº 207, de 07 de abril de 1913, sancionada pelo Intendente Interino do
Município de Itaituba, José dos Santos Sampaio, autoriza o município, quando
dispor em seus cofres municipais, a doar a quantia de um conto de réis para a
Sociedade Beneficente São Sebastião, em Santarém, para que a mesma possa
construir um hospital.
09. O início das sondagens para encontrar
petróleo...
No dia 22 de
abril de 1925, chega a Itaituba o engenheiro Avelino de Oliveira, que escolhe a
boca do igarapé Bom Jardim para iniciar sondagens geológicas em busca de
petróleo. Às 16h do dia 20 de julho do mesmo ano, com a presença do Intendente
Municipal, José Joaquim de Moraes Sarmento, teve início a sondagem, levada a
cabo pelo sondador mecânico João Cândido Soares.
10. Os primórdios da Comarca de Itaituba...
Criada pelo
decreto Nº 226, de 26 de novembro de 1890 e classificada como de primeira
entrância, a Comarca de Itaituba foi instalada no dia 20 de fevereiro de 1891,
tendo o seu primeiro juiz de direito nomeado no dia 02 de dezembro de 1890, na
pessoa do dr. José Gomes de Souza Portugal. O seu primeiro promotor público foi
o capitão José João de Mattos Júnior, nomeado a 29 de junho de 1891.
Compunha-se de um único Distrito Judiciário (Lei Nº 15, de 14 de janeiro de
1892), dividido em três circunscrições (Ato de 06 de abril de 1892), a saber:
Itaituba, Brasília Legal e Aveiro.
Fontes: Acervo
pessoal do autor, acervo ICBS e acervo da Biblioteca Nacional.
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