O Município de
Santarém reduz os seus impostos e cria prêmios aos agricultores e
industriais...
Não nos podemos
furtar ao registro de alguns atos do Conselho Municipal de Santarém, os quais
devem ter grande e especial divulgação, tais os aplausos que mereceram do
comércio, industriais e agricultores do rico e opulento município, em boa hora
confiado à administração criteriosa e honesta do dr. Rodrigues dos Santos.
É bem verdade
que, assim procedendo, tanto o legislativo como o executivo santarenos nada
mais fazem do que cumprir estritamente o seu dever, trabalhando para o
engrandecimento da terra e do povo que lhes confiou o poder. Mas, numa época em
que os governantes parecem terem perdido a noção das responsabilidades, administrar
bem, cumprir com honestidade e critério um mandato, são fatos que atraem as
atenções e por isso mesmo arrancam aplausos e devem ser divulgados como
exemplos a seguir.
Agindo em
conjunto com o mesmo ideal plausível, o intendente e o Conselho Municipal de
Santarém, reduziram no corrente exercício os impostos de exportação dos
principais gêneros de sua produção, animando assim as novas e promissoras
indústrias locais. Mas, não ficou por aí a medida. Vários prêmios foram criados
aos industriais e agricultores do município. Assim, um prêmio de 1:000$000 (um
conto de réis) será conferido à empresa ou particular que, tendo montado uma
usina açucareira dentro do município, produza, no mínimo, 20.000 quilos de
açúcar claro por ano; outro prêmio de 500$000 (quinhentos mil réis) dará o
município ao lavrador que plantar mais de 5.000 pés de cacau em terra firme; e,
finalmente, um outro prêmio de igual quantia é oferecido ao lavrador que
plantar 10.000 pés de café.
Foram essas,
além de outras, as medidas de grande interesse local e futuros presentes, não
só para os agricultores e industriais, como ainda para o próprio município que
acabam de ser postas em prática em Santarém, que tem a administra-lo um espírito
empreendedor e culto como o dr. Rodrigues dos Santos.
Enquanto isso
ali sucede, outros municípios como o de Bragança, para não ir mais longe, lutam
contra a má vontade e impatriotismo de seus administradores.
NOTA:
Reproduzido do jornal Estado do Pará e publicado no jornal A Cidade de 10 de
fevereiro de 1923.
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