Por Benedicto
Belém
De rua em rua,
triste, amargurado,
Todo de branco a
manchas multicores,
Num passo
incerto, como embriagado,
Pierrot em vão
procura os seus amores.
Colombina, onde
estás? Que incerto fado
Segues sempre?
Porque mais dissabores
Queres trazer ao
teu ludibriado
Amante, que há
de ir aonde tu fores?
E rir-se a
turbamulta escarnecendo,
E a galhofa soez
vai num CRESCENDO,
Sem compreender
aquela dor insana.
E rosto
enfarinhado, olhos congestos,
Eis aqui, com os
teus convulsos gestos,
És a figura da
fraqueza humana.
NOTA: Poesia escrita
em Santarém no ano de 1932.
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