Por Benedicto
Belém
Febre. Pleno
reinado da Folia.
Deus Momo anda
nas asas da Loucura!
A insânia atroz
no seu olhar fulgura,
E toda a
humanidade tripudia.
Do senso a
caricata compostura
É relegada ao
canto neste dia...
Nem se
compreende a rígida figura
A sombrear os
domínios da Alegria.
Atrôa o espaço
rugidora grita!
Brouhahá
infernal nos capacita
Que a humanidade
ensandeceu de vez.
Penso comigo,
entanto, ó Carnaval,
No que tu
representas afinal:
– A válvula da
humana insensatez.
NOTA: Poesia
escrita em Santarém no ano de 1932.
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