segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Momento Poético: Soneto Colombina

Por Benedicto Belém

Grácil MIGNONE trefega inquieta
No lábio o eterno, cristalino riso.
Vai Colombina, vai de piso em piso,
Como de flor em flor, a borboleta.

Olhar encantador, sempre indeciso,
Toda de gaze, frágil, indiscreta,
Lá vai, mostrando a todos o sorriso,
E do seu corpo a graça mais secreta.

Garrida e canta, corre e rodopia,
É o plasma esfuziante da Alegria,
Sem remorsos, sem peias, sem saudade.

Colombina, tu és entre as mulheres
Aquela que não crê nos “MAL ME QUERES”:
– És o símbolo da infidelidade.

NOTA: Poesia escrita em Santarém no ano de 1932.


Nenhum comentário:

Postar um comentário