Por Evangelista
Damasceno
Depois de anos
voltava eu novamente
Àquele sítio
ideal que havia deixado;
Não sei se fora
ilusão da ingrata mente
Ou se o tempo
por lá ficou parado...
Tudo encontrei
conforme o antigo estado
Que eu deixara a
partir adolescente:
A igreja, a
mata, o mar, o verde prado
E a casa velha
sem vizinho à frente!
Somente achei
que o tempo transformava
Certas caboclas
de olhos provocantes
Que lá na Praça
da Matriz eu namorara...
E como o tempo é
o livro da saudade:
Eu folheei por brevíssimos
instantes
Aquelas páginas
de minha mocidade!
NOTA: Poesia
publicada no jornal O Baixo-Amazonas de 08 de janeiro de 1958.
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