terça-feira, 9 de junho de 2020

Apresentações no “Theatro Victoria” em 1924


Terça-feira última, os “habituès” do “Victoria” assistiram a representação da Revista “Mama ou não mama?” levada a efeito pela Troupe Regional. Foi, de fato, uma noite de risos. Dico Rocha, no papel de português, esteve impecável, posto estivesse adoentado. Os demais artistas da Troupe muito bem se conduziram, mas, justiça se faça, Dico Rocha dominou a plateia.
Alcançou desusado êxito a representação da Revista “É... DO LASCA!” da lavra de João Andrade e Carlos Campos, “Seu Bobó” e “Coronel Macário Mandioca”, assim como Rocha, no papel de hortelão português, receberam os mais justos aplausos da nossa plateia, quinta-feira passada. O ato de variedades, nessa noite, foi esplêndido. Toscano, fazendo de “seu Figueirêdo”, na “Capitá Federá” de Azevedo, arrancou, com muito merecimento, aplausos gerais da assistência. João Andrade cantou, com muito chiste, “Os Valentões” e, afinal, “trepou” a valer em alguns presentes e terminou “trepado” pela orquestra.

Alzira Rodrigues, em ambas as Revistas, esteve como sempre: viva e inteligente, sagaz e audaciosa, dominando, com maestria, os papeis que interpretava.
“MI DEIXA, XODÓ” – Realiza-se hoje, a festa de Alzira Rodrigues, subindo à cena, pela primeira vez, no “Victoria”, a Revista “Mi deixa, Xodó”, de Eduardo Nunes. Fará o papel de São Pedro, por especial deferência para com a festejada, o nosso simpático e aplaudido Toscano de Vasconcellos. São Benedito, que acaba querendo virar a frege a Corte Celestial, será interpretado por João Andrade.
Alzira Rodrigues dedicou a noitada de hoje ao Comércio e à família Santarense e seu festival faz em homenagem ao dr. Rodrigues dos Santos, Intendente Municipal.


NOTA: Texto extraído do jornal “A Cidade”, de 07 de junho de 1924.

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