Incide em nosso
reparo o fato de alguns proprietários de padaria desta cidade estarem a
diminuir tanto o tamanho dos pães, principalmente os que são vendidos por $100,
que de mignon passarão ao tamanho de um tablete de chocolate, se não houver uma
reflexão dos donos das padarias e repulsa dos consumidores.
Não há razão
para semelhante diminuição. Basta citar que o quilo do trigo, a retalho, é
vendido ao preço de 1$000, custando, portanto, o quilo em saca abaixo desse
preço. Nem ao tempo da Grande Guerra, em que tivemos o trigo escasso e caro, o
pão atingiu ao tamanho dos atuais, de certas padarias.
Nota-se uma
diminuição de preços nos artigos de primeira necessidade, pelo que se não
justifica tamanha incoerência dos srs. Padeiros. Assim é que, segundo um
telegrama para a imprensa de Belém, a arroba de açúcar na fábrica passou a ser
passou a ser vendido para o consumo nacional ao preço de... 5$000; o bacalhau,
na praça de Belém, segundo os jornais, sofreu uma baixa de 30% no preço, ou
seja, de 200$000 a caixa de 60 quilos passou a ser vendido a 160$000, com
probabilidades de maiores vantagens. E nessa proporção acompanham os demais
artigos.
Porque se não adota
o uso de vender o pão a quilo, de modo a conciliar o interesse dos
panificadores e dos consumidores?
Reflitam os
senhores proprietários de padarias. C. M.
NOTA: Texto extraído
do jornal “A Cidade”, de 08 de junho de 1929.
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