“Medição da vazante do Amazonas realizada este mês em Óbidos, vem
comprovar ser ele o maior rio do mundo, com uma vantagem que representa 10
vezes a vazante do rio Mississipi em Vickburg, Estado de Missouri, Estados
Unidos.
Em
1958, a Associação Internacional de Hidrologia e a União Internacional da
Geodésia e Geofísica estabeleceram um programa para a vazão dos rios de todos
os continentes. Trinta países cooperaram nesse programa, de cujos trabalhos a
coordenação foi entregue ao Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Os
trabalhos para medir a vazão do rio Amazonas foram custeados pela Marinha
Americana e pela Marinha Brasileira, tendo esta fornecido a corveta “Baiana”, e
tiveram a assistência do Conselho Nacional de Pesquisas e do Instituto Nacional
de Pesquisas da Amazônia, que é o órgão do referido Conselho.
Para
tal trabalho, medição do Amazonas em três pontos, vieram ao Brasil
recentemente, quatro especialistas americanos em hidrologia do U. S. Geological
Survey – os doutores Frank C. Ames, Roy E. Ottman, Luther C. Davis e George R.
Staeppler.
Tiveram
aqui também a cooperação do dr. Alfredo J. Bondonlos, chefe da Divisão de
Geologia da Agência Internacional de Desenvolvimento dos Estados Unidos, no
Brasil.
A
VAZÃO EM ÓBIDOS
Na
medição feita no dia 16 de julho próximo passado em Óbidos, foi encontrado o
seguinte resultado para a vazão das águas do rio Amazonas:
-
Por minuto: 12.960.000 metros cúbicos;
-
Por hora: 777.600.000 metros cúbicos;
-
Por dia: 18.662.400.000 metros cúbicos.
Se
toda a população atual do Brasil necessitasse da água do rio Amazonas para seu
uso, tocariam 266 metros cúbicos por dia para cada pessoa”.
NOTA: Publicado originalmente
no jornal A Noite, de 05 de agosto de 1963.
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