sábado, 27 de fevereiro de 2016

O Educandário São José de Óbidos – 1953


Quem quer que tenha um conhecimento, mesmo rudimentar, dos assuntos de Instrução no interior do nosso Estado, sabe muito bem a dificuldade que existe em conseguir Professoras, principalmente para lugares do interior. A Igreja, que sempre foi a pioneira da Instrução, especialmente nos lugares difíceis, sempre zelou para manter escolas nesses lugares, e ainda hoje, na nossa Prelazia existe uma escola especializada para formar professores não apenas para as cidades, mas também para as zonas do interior. Essa escola existe na cidade de Óbidos, e chama-se “EDUCANDÁRIO S. JOSÉ, ESCOLA NORMAL REGIONAL”, confiados as Irmãs da Imaculada Conceição, e foi aprovada por dois decretos do Governo Estadual do Pará, um, o decreto n. 540, de 2. 2. 1950, e outro o decreto n. 697. De 7. 4. 1952. Funciona sob os regimes ou de Internato ou de Externato, e ministra, dentro dos regulamentos do governo, os seguintes  cursos : infantil, primário e normal regional.

Neste último (e é o que nos interessa no caso), as educandas recebem o Diploma de Regente do Ensino Primário, obtendo, por ele, o direito de se matricularem na Escola Normal do Segundo Ciclo, vulgarmente chamada CURSO PEDAGÓGICO.
As moças formadas no Curso Normal Regional do Primeiro Ciclo alcançam o direito de ensinar em qualquer parte do Estado, menos no município de Belém, com ordenado do Estado do Município.
Os preços para fazer este curso foram marcados em atenção á pobreza geral da gente do interior, e não constituem um grande sacrifício para os pais ou responsáveis. A educação moral é primorosa, e é esmerado o cuidado que se tem com a saúde das alunas.
Aproveitem, portanto, os Pais, os Prefeitos Municipais (oferecendo bolsas de estudo), os amigos da instrução a oportunidade que lhes e dada de espalharem por todos os cantos do Interior a instrução e a educação da nossa gente.
Para melhores informações podem dirigir-se à Reverenda Madre Diretora do Educandário S. José. Óbidos – Estado do Pará


NOTA: Publicado no jornal O Mariano de 08 de março de 1953

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