quinta-feira, 26 de maio de 2016

A Festa da Assembleia Feminina de Alenquer – 1926

Eram 11 e ½ da manhã de 23, quando a “Aída”, conduzindo os representantes da Assembleia Santarense, rumou para Alenquer.
Com excelente viagem aportamos às 5 da tarde, na bela princesa do Itacarará, onde aquela mocidade alegre nos aguardava ansiosa.

Festivamente recebidos, após os cumprimentos de boas vindas, fomos conduzidos ao palacete do dr. Luiz de Freitas, onde nos foi servido farto jantar por distintas senhoras da Assembleia Feminina, ao som do nosso afinado Jazz, sob a regência do festejado maestro José Agostinho.
Às 8 horas da noite, dirigimo-nos para a sede da União Esportiva, gentilmente cedida à Assembleia Feminina, para a sua festa inaugural.
O palacete, feericamente iluminado, apresentava um aspecto atraente.
Presentes todos os convivas, a distinta senhorinha Carolina Silva, convida o senhor Gregoriano Queiroz, presidente da Assembleia Santarense, para presidir o ato; Coronel Costa Homem, intendente municipal, para fazer parte da mesa, e o sr. Manoel Monteiro, para secretariar os trabalhos.
Uma vez empossada a diretoria, usa da palavra a oradora oficial da Assembleia Feminina, senhorinha Maria de Lourdes Coutinho de Lima, lendo vibrante discurso dizendo dos fins da sociedade e terminando por saudar a Assembleia Santarense.
A inteligente senhorinha Carolina Silva, num feliz improviso saúda a Assembleia de Santarém apresentando beijos à Mulher santarense.
Falou, a seguir, o nosso orador oficial, dr. Borges Leal, saudando a diretoria da Assembleia Feminina e dizendo que outro não é o nosso desejo senão procurar estreitar mais e mais os laços de amizade entre os dois prósperos municípios vizinhos e que os filhos de Santarém, representados pela Assembleia, se associavam em júbilo pelo progresso de Alenquer.
Oraram ainda, a professora Senhorinha Franco, oradora da legião Alvi-Azul, e o senhor Joaquim Collares, respondendo à senhorita Carolina Silva.
Encerrada a sessão, deu-se início à parte dançante, que decorreu animadíssimo até às 4 e ½ da manhã, quando volvemos para bordo, profundamente sensibilizados pela fidalguia e distinção do trato a nós dispensado.
Às 5 e ½ a “Aída” singrava o Itacarará, de onde expressamos os nossos últimos adeuses com o coração repleto de saudade.


NOTA: Publicada no jornal A Cidade, de 29 de maio de 1926.

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