Um comunicado da União Pan Americana à imprensa,
acerca da empresa Ford no Brasil, parece desmentir as notícias ultimamente
divulgadas acerca do desinteresse dos industriais norte americanos pelo Brasil.
Os salários elevados atraíram um exército de
trabalhadores para a região ainda selvagem do Tapajós, diz o comunicado em
questão. E acrescenta: “Em lugar de uma disciplina intolerável, esses
trabalhadores recebem agora um salário mais elevados que jamais tiveram. Só em
1930 pagou-se a eles mais de um milhão de dólares”. E as notícias chegadas à União
Pan Americana dizem que durante o ano corrente prosseguem as atividades, em vez
da depressão que se poderia imaginar.
A Fordlândia tornou-se, na verdade, um modelo de
cultura. O desenvolvimento da higiene e o estabelecimento de casas modernas
para trabalhadores produziram admiráveis condições de vida.
Uma distribuição de água eficaz, de luz elétrica,
de instalações educativas e de diversão, hospitais ainda contribuíram para a
melhoria dessas condições.
Esse progresso no meio da floresta virgem, recebeu
a aprovação e produziu o entusiasmo do capitão Barata, interventor Federal no
Pará, que recentemente realizou uma viagem de inspeção à Fordlândia.
NOTA:
Publicado no jornal A Razão de 26 de setembro de 1931.
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