segunda-feira, 9 de maio de 2016

Um comunicado sobre Fordlândia em 1931

Um comunicado da União Pan Americana à imprensa, acerca da empresa Ford no Brasil, parece desmentir as notícias ultimamente divulgadas acerca do desinteresse dos industriais norte americanos pelo Brasil.

Os salários elevados atraíram um exército de trabalhadores para a região ainda selvagem do Tapajós, diz o comunicado em questão. E acrescenta: “Em lugar de uma disciplina intolerável, esses trabalhadores recebem agora um salário mais elevados que jamais tiveram. Só em 1930 pagou-se a eles mais de um milhão de dólares”. E as notícias chegadas à União Pan Americana dizem que durante o ano corrente prosseguem as atividades, em vez da depressão que se poderia imaginar.
A Fordlândia tornou-se, na verdade, um modelo de cultura. O desenvolvimento da higiene e o estabelecimento de casas modernas para trabalhadores produziram admiráveis condições de vida.
Uma distribuição de água eficaz, de luz elétrica, de instalações educativas e de diversão, hospitais ainda contribuíram para a melhoria dessas condições.
Esse progresso no meio da floresta virgem, recebeu a aprovação e produziu o entusiasmo do capitão Barata, interventor Federal no Pará, que recentemente realizou uma viagem de inspeção à Fordlândia.


NOTA: Publicado no jornal A Razão de 26 de setembro de 1931.

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