Padre Manuel
Rebouças Albuquerque
– Meu nome?!... Quem sou eu?!... – Isso que
importa?!...
– Que proveito em saber-se do meu nome?!...
– Sou simplesmente uma figura morta,
Que o Tempo enterra e o Esquecimento come!...
Desconheço da Fama a estreita porta,
A regelada múmia do Renome,
Sombra de Ser, que nenhum bem comporta,
Hidra feroz, que os Hércules consome...
Se alguém, um dia, publicar meu verso,
Não diga o Livro o nome do cantor,
Que no silêncio quer ficar imerso...
Morra o meu nome e viva esta poesia...
– Glória somente ao Nome do Senhor,
– Pela glória do Nome de Maria!...
NOTA: Esta
poesia foi publicada usando o pseudônimo de “Frei Theopanta Egonil” (a primeira
palavra, em grego, significa “Deus tudo”, a segunda, em latim, diz “Eu nada”)
explicando o motivo pelo qual o autor omite seu nome na publicação de sua obra.
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