sexta-feira, 6 de maio de 2016

Momento poético: Uma Sombra na Entrada

Padre Manuel Rebouças Albuquerque

– Meu nome?!... Quem sou eu?!... – Isso que importa?!...
– Que proveito em saber-se do meu nome?!...
– Sou simplesmente uma figura morta,
Que o Tempo enterra e o Esquecimento come!...

Desconheço da Fama a estreita porta,
A regelada múmia do Renome,
Sombra de Ser, que nenhum bem comporta,
Hidra feroz, que os Hércules consome...


Se alguém, um dia, publicar meu verso,
Não diga o Livro o nome do cantor,
Que no silêncio quer ficar imerso...

Morra o meu nome e viva esta poesia...
– Glória somente ao Nome do Senhor,
– Pela glória do Nome de Maria!...


NOTA: Esta poesia foi publicada usando o pseudônimo de “Frei Theopanta Egonil” (a primeira palavra, em grego, significa “Deus tudo”, a segunda, em latim, diz “Eu nada”) explicando o motivo pelo qual o autor omite seu nome na publicação de sua obra.

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