Por Anysio
Chaves
Longe de ti, do teu amor, de quanto
Bem por que vivo, por que rio e creio,
Por vezes sinto tão cruel anseio
Que preza julgo-me de fatal quebranto.
E nessa comoção e nesse encanto,
As saudades, surgindo de permeio,
Vem às mágoas trazer o duro enleio
Dos mistérios da dor, vertendo pranto.
Mas eis que a solidão desmesurada,
O silêncio letal que me crucia,
Mudam-se numa visão imaculada,
Que a fé, serena e simples irradia...
E a esperança, antes desterrada,
Volta-me então nas asas da alegria.
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