Graças aos
incontestáveis e abnegados trabalhos dos dignos padres franciscanos e das
diligentes irmãs clarissas, ergue-se hoje, à Praça Barão de Santarém, majestoso
e promissor de incalculáveis benefícios para a nossa população, o primeiro
hospital das plagas tapajonias.
Edifício
magnifico, localizado maravilhosamente no ponto mais aplausível da cidade,
adaptado aos mais modernos preceitos da ciência e do conforto, a nova casa dos
doentes, pobres e ricos, vem preencher uma lacuna que se fazia sentir cada vez
mais acentuada.
De júbilo foi,
pois, o dia 04 deste mês, quando na sua capela, foi dita a primeira missa pelo
revmo. Sr. D. Amando Bahlmann, o pioneiro máximo dessa alevantada ideia, ao
lado do incansável e ativo Vigário Geral da Prelazia, frei Rogério Voges.
A solenidade
religiosa não representou ainda a inauguração oficial do Hospital, cerimônia que
será realizada por todo o mês corrente ou um pouco mais tarde, mas foi, sim,
uma homenagem intima ao sr. Bispo Prelado, que tem em vista retirar-se por estes
dias.
Nem por esse
motivo, deixará essa data, 04 de junho de 1930, de ficar gravada na história do
futuroso hospital: o dia de sua primeira missa.
E quando, diante
do testemunho dos católicos de Santarém, forem, após a sua inauguração, abertas
as portas do magnifico estabelecimento hospitalar para receber o primeiro
doente que busque não somente a cura para o mal que o atormenta, mas ainda o
conforto necessário para o corpo e para o espírito, – todos que amam este
torrão hão de, certamente, louvar a ação benemérita dos abnegados franciscanos
desta diocese. E evocando o esforço e a dedicação beneditina desses humildes
operários do Senhor no levar a efeito o grandioso empreendimento que ora nos
orgulha, não haverá quem, de coração, não implore as bênçãos do Céu para tão
dignos religiosos.
NOTA: Texto
extraído do jornal A Cidade, de 07 de junho de 1930.
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