terça-feira, 12 de abril de 2016

A questão do Tapajós: conflito de limites com o Amazonas – 1916

Tudo permite crer que o conflito com o Amazonas declina, preparando uma situação de entendimento entre os dois Estados.
Comunicando ao sr. Presidente da República as ocorrências do Boburé, e tudo quanto se passou de hostil por parte dos nossos vizinhos, sem represálias do Pará, o sr. Governador do Estado renovou ao Chefe da Nação a continuidade dos desejos do Pará de poder chegar a um “modus vivendi”, como desde janeiro lembrou.

Atendendo aos desejos do sr. dr. Wenceslau Braz, apenas recebeu telegrama de S. E., o sr. dr. Enéas Martins determinou por despacho telegráfico, via Santarém, que a força paraense evitasse entrar em qualquer ação, aguardando ordens.
Anteontem à noite, o sr. dr. Enéas Martins recebeu telegrama do sr. dr. Jonathas Pedrosa, afirmando desejos de reencetar [sic] o exame do “modus vivendi”, proposta que veio, assim, ao encontro dos desejos do Pará, pronto a negociar, logo que seja reestabelecida a situação existente antes da invasão.
É obvio, pois, que todo e qualquer conflito agora, da parte do Pará, será evitado, à vista das disposições que manifesta o governo vizinho.
Destacamos da secção respectiva, o seguinte telegrama:
RIO, 12 – Informado dos sucessos do Tapajós, o deputado Hosannah de Oliveira, conferenciou com os Ministros e depois com o Presidente da República, a quem mostrou um telegrama do Governador do Pará referente às ocorrências em foco”.


NOTA: Publicado no jornal O Estado do Pará de 13 de abril de 1916.

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