quarta-feira, 6 de abril de 2016

Momento Poético: O Amazônida

Pastor Evangelista Damasceno

Muito distante está do prazer da cidade
Jogados nos confins de regiões ingratas,
Onde os índios e as feras fazem mortandade
Junto às febres que daqueles ermos são natas!

Entretanto, a maior expressão da verdade:
É que anonimamente e sem contar bravatas,
Vai levando a semente de brasilidade
Aos mais ínvios rincões de nossas densas matas.


Naquelas solidões cheio de dor e tédio
Sem assistência ter de competente pessoa,
Sucumba o herói por falta de remédio!

Casos, como este, acontecem, até demais;
O nosso homem vive e morre assim à toa,
Mas deixa o rastro seu para os que vêm atrás!


NOTA: Escrita em Santarém, no dia 01 de janeiro de 1964.

Nenhum comentário:

Postar um comentário