Evangelista
Damasceno
Na fértil vastidão da nossa Hileia
Rica de tudo e cheia de exploradores,
Existe o mureru, – uma ninfeia
Que se reveste de mimosas flores;
Muito capazes de enfeitar Frineia
Que lá na Grécia despertava amores,
Daquele povo conturbando a ideia
E a inspirar poetas e pintores!
O mureru, porém, com tal beleza
Vive boiando pela correnteza
A ter a imensidão como o seu norte!
Assim também, amigo, minha vida
É como o mureru que sem guarida,
Vai de bubuia até que encontre a morte!
NOTA: Poesia
escrita em Santarém, a 04 de março de 1964 e dedicada pelo autor ao Dr. Silvio
Meira.
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