“Como já foi dito acima (título), fizeram-se
algumas plantações nos últimos anos, mas geralmente sem método e por esta razão
com minguados resultados. Uma das melhores e maiores destas plantações,
Diamantino (e Maica), perto de Santarém, foi feita por americanos, os irmãos
Riker, sendo agora propriedade de uma companhia inglesa. Em muitas partes do
Baixo Amazonas, na região das ilhas e ao longo do caminho de ferro de Bragança,
têm sido plantadas árvores isoladas ou pequenos núcleos com regular sucesso.
Porém, só recentemente, isto é, nos últimos dois
anos, o movimento de plantio tem sido mais ativo, principalmente em relação às
leis do Estado sobre a cultura da borracha.
Algumas grandes companhias (inglesas, francesas e
alemãs) foram incorporadas para fim de plantação, não somente na região das
ilhas, como ao longo do Baixo Amazonas e na estrada de ferro de Bragança, onde
a hevea brasiliensis não cresce
espontaneamente.
Algumas destas companhias aproveitarão das
disposições da primeira das sobreditas leis, enquanto outras pretendem obter as
recompensas da segunda.
Infelizmente, verídicas estatísticas sobre essas
companhias ainda não existem, mas é certo que algumas delas já tem plantado
muitos milhares de árvores este ano. As inscrições abertas no departamento da
agricultura para competirem aos prêmios consignados na segunda lei pela cultura
da seringueira já atingiram a importante cifra de mais de 6 (seis) milhões de
árvores já plantadas ou para plantar dentro de quatro anos”.
NOTA:
Publicado no jornal do Estado do Para, Nº 124, de 1911.
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