quarta-feira, 27 de abril de 2016

As (primeiras) plantações de seringueiras no Pará (antes de Henri Ford ter a mesma ideia) – 1911

Como já foi dito acima (título), fizeram-se algumas plantações nos últimos anos, mas geralmente sem método e por esta razão com minguados resultados. Uma das melhores e maiores destas plantações, Diamantino (e Maica), perto de Santarém, foi feita por americanos, os irmãos Riker, sendo agora propriedade de uma companhia inglesa. Em muitas partes do Baixo Amazonas, na região das ilhas e ao longo do caminho de ferro de Bragança, têm sido plantadas árvores isoladas ou pequenos núcleos com regular sucesso.

Porém, só recentemente, isto é, nos últimos dois anos, o movimento de plantio tem sido mais ativo, principalmente em relação às leis do Estado sobre a cultura da borracha.
Algumas grandes companhias (inglesas, francesas e alemãs) foram incorporadas para fim de plantação, não somente na região das ilhas, como ao longo do Baixo Amazonas e na estrada de ferro de Bragança, onde a hevea brasiliensis não cresce espontaneamente.
Algumas destas companhias aproveitarão das disposições da primeira das sobreditas leis, enquanto outras pretendem obter as recompensas da segunda.
Infelizmente, verídicas estatísticas sobre essas companhias ainda não existem, mas é certo que algumas delas já tem plantado muitos milhares de árvores este ano. As inscrições abertas no departamento da agricultura para competirem aos prêmios consignados na segunda lei pela cultura da seringueira já atingiram a importante cifra de mais de 6 (seis) milhões de árvores já plantadas ou para plantar dentro de quatro anos”.


NOTA: Publicado no jornal do Estado do Para, Nº 124, de 1911.

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