“Não foi em vão que o atual presidente desta
conceituada Sociedade dirigiu sensato apelo aos santarenses espalhados pelos
recantos do Brasil.
De toda parte tem lhe chegado respostas
animadoras, óbolos e oferecimentos, esperando-se, por isso, que dentro em breve
o pavilhão da Enfermaria São José seja uma grande, nobre e altruística realidade.
Torna-se necessário e é preciso sempre ferir esta
tecla, que os homens de empreendimento e que desejam o progresso em nossa
terra, não se deixem abater pelo marasmo ou doentia indiferença que parecem nos
absorver.
O querer é poder; é este o imperativo categórico
que, na luta formidável dos povos modernos, está levantando e sacudindo as nações
num movimento contínuo de trabalho e progresso.
Santarém precisa levantar-se, sacudir o pó e tomar
o lugar que sempre lhe coube, em dias idos, de cidade líder entre todas as suas
irmãs do Pará e do Amazonas.
Não esmoreçam os operários santarenses, não esmoreça
a diretoria da grande Sociedade, não fiquem em meio a ideia levantada do sr.
Felipe Castro.
A hora é de realizações práticas, nada de
tibiezas; continuem fortes, firmes, levando de vencida os óbices e embaraços.
O telegrama abaixo, transcrito da “Folha do Norte”,
é mais do que uma promessa, é quase uma realidade:
RIO, 10
(Western) – Produziu os melhores resultados o apelo que a Sociedade Artística
Beneficente de Santarém, nesse Estado, fez aos paraenses aqui residentes, para
a terminação das obras do seu pavilhão da enfermaria.
Vários membros
da Colônia já se declararam prontos a concorrer perante a comissão encarregada
de receber os donativos, e que é composta do dr. Agostinho Reis e dos coronéis Antônio
Braga e Félix Amélio”.
NOTA:
Publicado no jornal A Cidade de 23 de abril de 1927.
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