“Merece realmente o mais vivo aplauso essa
medida que vem de ser tomada pela intendência.
Um movimento geral de simpatia a tem envolvido e
acompanhado.
E, como se trata do interesse das classes mais
desfavorecidas da fortuna, é-nos sumamente grato este registro.
Ao espírito empreendedor e adiantado do ilustre
senhor coronel Silvino Campos, atualmente na gestão dos nossos negócios
municipais, não escapou a necessidade de pôr quanto antes um paradeiro ao abuso
que vinha praticando no comércio de certos víveres.
Por via de regra, só raramente chegavam a ser
expostos ao consumo público, no mercado municipal, o peixe, a farinha, as
frutas e gêneros outros, trazidos dos arredores da cidade ou de pontos mais
longínquos do município.
Açambarcava-os, ainda em caminho ou já na praia, o
comércio atravessador que, se
interpondo assim diretamente entre o produtor e o público, exigia os preços que
lhe apraziam, nem sempre justos e proporcionais.
Era evidente o prejuízo que esse estado de coisas
acarretava à nossa população pobre.
Visando dirimir tão penosa situação, o sr.
Intendente municipal acaba de determinar que sejam todos os gêneros daquela
natureza recolhidos ao mercado público e então expostos ao consumo.
Trata-se, pois, de uma providência que merece
geral aprovação pelo nobre intuito que a determinou.
Nada mais justo, em verdade”.
NOTA:
Publicado no jornal O Comércio, de 06 de setembro de 1913.
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