sexta-feira, 18 de março de 2016

A presença dos padres Agostinianos em Santarém


Quando a Prelazia de Santarém foi instalada, Mons. Frederico Costa encontrou, em território da Prelazia, os padres agostinianos, da Província de San Thomas de Villanueva, de Andaluzia, que foram comissionados por Dom Francisco Rego Maia, bispo diocesano de Belém, a promoverem uma viagem pastoral ao longo do rio Tapajós.

A missão dos agostinianos era temporária, mas o jovem prelado logo os convidou a permanecerem na Prelazia para tomar conta da região do Tapajós.
Aceito o convite, em outubro de 1904, estabeleceram casa em Santarém. A comunidade era formada pelos padres: Pascoal Bermejo, Pedro Jimenez da Soledade, Julião Bonafuerte e Manuel Navscues.
Pascoal Bermejo foi designado pároco de Itaituba e de Aveiro e levou como coadjutor Julião Bonafuerte. Os outros dois ficaram em Santarém, incumbidos da capela de São Sebastião, no bairro da Prainha, que, por este motivo veio a ser identificada pelo povo como “Igreja dos Agostinianos” e chegou mesmo a ser indicada como se tivesse sido construída por eles, o que não aconteceu.
Com a saída de Mons. Frederico Costa, nomeado bispo diocesano de Manaus, a Prelazia ficou aos cuidados dos Agostinianos, sendo governada durante oito meses, pelo Pe. Pascoal Bermejo, na qualidade de Vigário Capitular. Pe. Bermejo desenvolveu intenso trabalho, conseguindo sanar todas as dívidas da Prelazia contraídas desde sua instalação, entregando a Prelazia sem encargos financeiros que a onerassem, para Dom Amando Bahlmann.
Com a chegada dos franciscanos, os agostinianos se retiraram de Santarém. Dom Amando, reconhecendo o trabalho dedicado e eficiente dos agostinianos ofereceu-lhes as paróquias de Óbidos, Faro e Juruti. Com esta oferta Dom Amando queria desde logo estabelecer condições para uma futura divisão da Prelazia.
Por motivos diversos os agostinianos não puderam aceitar a oferta do prelado e deixaram a Prelazia onde em poucos anos deixaram assinalados grandes serviços, principalmente no rio Tapajós onde tinham iniciado”.


NOTA: Texto publicado no Livro do Centenário da Diocese de Santarém.

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