Pe. Manoel
Rebouças Albuquerque
É vasto o céu;
o mar – largo e profundo;
É ardente o
deserto; a noite – escura
É cruciante a
Ingratidão do mundo,
É a perfídia
do amigo... Que amargura!...
O martírio da
infâmia é sem segundo;
A velhice é
sofrer que não tem cura;
O campo da
calúnia é o mais fecundo,
E o seu
espinho a alma nos perfura...
Entretanto,
mais vastos e mais largos,
Mais
profundos, mais negros, mais amargos
São os Mundos
de Dor da Mãe de Deus!...
E essas Dores
são línguas maternais,
Pedindo a Deus
– a Mãe ao Pai dos Pais!
Misericórdia
para os filhos seus!...
NOTA: Poesia
publicada no O Mariano de 11 de abril de 1954.
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