segunda-feira, 14 de março de 2016

Sobre uma certidão de batismo em Prainha – 1874


O Padre José Bento Pinto Tavares, Presbítero Secular e Vigário Interino da Freguesia de Monte Alegre, e encarregado da Freguesia de Prainha, etc.
Sendo-me requerida a certidão de batismo do preto José, tendo sido lançado o assentamento em um caderno que existia na Paróquia de Prainha, cujo caderno não existe no arquivo, mas estou muito certo e ciente.

Ignoro hoje o nome da escrava, mãe do batizado, porém estou ciente ter-me declarado antes do batismo o senhor da escrava, Antônio José de Bastos, que batizasse o inocente José, liberto; e depois do assentamento do batismo passei à mãe do mesmo, pelo meu próprio punho, a certidão do mesmo batismo, com uma declaração que tive do seu senhor, cuja certidão esteve em poder do ex-vigário desta freguesia, o padre José Vasques da Cunha e Pinho; e perguntando-me ele pessoalmente se eu tinha passado essa certidão à mãe do inocente José, lhe respondi que mandasse reconhecer a minha letra em todos e quaisquer cartório desta província. E por esta me ser requerida, mandei passar conscienciosamente o que afirmo in fide parochi.
Monte Alegre, 16 de junho de 1874.
O vigário interino, Padre José Bento Pinto Tavares.
Atestamos que a letra da assinatura supra é do próprio padre José Bento Pinto Tavares, por iguais que temos visto.
Santarém, 05 de setembro de 1874.
Agostinho Pedro Auzier.
Padre Antônio Feliciano de Sousa”.


Publicado no Diário de Belém, Nº 209.

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