“O Padre José Bento Pinto Tavares, Presbítero
Secular e Vigário Interino da Freguesia de Monte Alegre, e encarregado da
Freguesia de Prainha, etc.
Sendo-me requerida a certidão de batismo do preto
José, tendo sido lançado o assentamento em um caderno que existia na Paróquia
de Prainha, cujo caderno não existe no arquivo, mas estou muito certo e ciente.
Ignoro hoje o nome da escrava, mãe do batizado,
porém estou ciente ter-me declarado antes do batismo o senhor da escrava,
Antônio José de Bastos, que batizasse o inocente José, liberto; e depois do
assentamento do batismo passei à mãe do mesmo, pelo meu próprio punho, a
certidão do mesmo batismo, com uma declaração que tive do seu senhor, cuja
certidão esteve em poder do ex-vigário desta freguesia, o padre José Vasques da
Cunha e Pinho; e perguntando-me ele pessoalmente se eu tinha passado essa
certidão à mãe do inocente José, lhe respondi que mandasse reconhecer a minha
letra em todos e quaisquer cartório desta província. E por esta me ser
requerida, mandei passar conscienciosamente o que afirmo in fide parochi.
Monte Alegre, 16 de junho de 1874.
O vigário interino, Padre José Bento Pinto
Tavares.
Atestamos que a letra da assinatura supra é do
próprio padre José Bento Pinto Tavares, por iguais que temos visto.
Santarém, 05 de setembro de 1874.
Agostinho Pedro Auzier.
Padre Antônio Feliciano de Sousa”.
Publicado no
Diário de Belém, Nº 209.
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