Já no século
XIX, a cidade de Santarém respirava musicalidade. Haviam na região (incluindo
os municípios de Óbidos, Alenquer e Monte Alegre) diversos professores de
música, que ofereciam seus trabalhos no ensino de instrumentos e de cantos,
principalmente sacros, para as matrizes paroquiais e também para composição de
bandas que animavam os dias festivos.
No final do
século, uma senhorita santarena destacava-se nos jornais da capital pelas suas
composições. Tratava-se de Anna de Jesus Corrêa, filha do Barão do Tapajós, que
possuiu algumas partituras impressas de suas composições, conforme podemos ver
em algumas publicações da época:
“A Exma. Sra. D. Anna de Jesus Corrêa, filha
do Sr. Barão do Tapajós, dignou-se nos oferecer duas composições musicais suas,
intituladas passo dobrado Paes de
Carvalho e Lauro Sodré, polka
para piano, que se acham à venda na casa de instrumentos dos senhores José
Mendes Leite & Cia.” (Diário de Notícias, Nº 118, de 1896).
“Fomos obsequiados com um exemplar da valsa 2
de julho, em que estão auspiciosamente reveladas as primícias do talento
artístico da Exma. Sra. D. Anna de Jesus Corrêa, dileta filha do Exmo. Barão de
Tapajós, senador ao Congresso do Estado” (Folha do Norte, Nº 237, de 1896).
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