terça-feira, 8 de março de 2016

O falecimento de Alice Matos Rodrigues dos Santos


Paulo Rodrigues dos Santos, nosso querido companheiro de redação, cujo coração ainda sangra por motivo do subitâneo desaparecimento de sua extremosa genitora, acaba de ser bruscamente ferido com o perecimento de sua dileta esposa, sra. d. Alice Mattos Rodrigues dos Santos.
Bastante relacionada em nosso meio, onde gozava geral estima pelas suas peregrinas virtudes, d. Alice, ao baixar à campa fria, deixa consternados muitos corações amigos, que lamentam tristosos tão prematura perda.

A pranteada extinta, enfermara há uns quinze dias, vindo a agravar-se o seu estado no princípio desta semana, não obstante os cuidados de que fora cercada, não só pela ciência médica, mas também pelo carinhoso esposo e família, que hoje, inconsoláveis, planteiam o dolorido transe.
Nascida na capital do Estado em abril de 1895, dona Alice Mattos Rodrigues dos Santos era filha do sr. José Manoel de Mattos e exma. esposa, d. Antônia Pereira Pinto Matos, já falecida.
À 29 de janeiro de 1916, consorciou-se com o sr. Paulo Rodrigues dos Santos, chefe da fiscalização municipal e talentoso redator-gerente de “A Cidade”. Não deixa prole.
O seu passamento verificou-se às 21,30 horas do dia 21, em sua residência, à Rua Floriano Peixoto, Nº 11.
Não só durante a enfermidade, mas após o falecimento da chorada senhora, grande foi o computo de pessoas amigas que cercaram o nosso prezado colega de redação, levando-lhe o conforto de suas palavras amigas.
Inúmeros tem sido os cumprimentos de pesar que há recebido Paulo Rodrigues pelo triste evento, o que prova a estima em que era tida sua lembrada esposa e ele próprio, que é um cavalheiro digno da admiração de quantos se lhe aproximam.
Receba o nosso bondoso Paulo os mais sinceros abraços de pesar de todos os que trabalham nesta casa, onde, por suas apreciáveis qualidades de caráter e inteligência, tem um lugar de destaque.
O saimento fúnebre realizou-se às 16 horas do dia 22, do prédio Nº 11 da Rua Floriano Peixoto, que se achava transformado em câmara ardente, tendo incomputável acompanhamento.
O cadáver da extinta foi sepultado em o cemitério de Nossa Senhora dos Mártires, fazendo a encomendação e reverendíssimo frei Plácido.
Com muito custo conseguimos apanhar, dentre as numerosas pessoas que acompanharam o féretro, os nomes dos seguintes:
Srs. Coronel Joaquim Braga e família, dr. Olympio Dantas, dr. Alarico Barata e senhora, dr. Borges Leal e senhora, dr. Audemaro Guimarães e irmã, dr. Caribé da Rocha, capitão Alfredo Câmara, Aureliano Imbiriba, deputado Moraes Sarmento e filhos, Antônio Bessa Lopes, João de Mattos, Manoel Figueira, dr. Osvaldo Caeté e senhora, João Nogueira, Franchagas Araújo, José Tavares Rodrigues, João Hage, Berlino Teixeira, Heriberto Guimarães e senhora, Brígido Corrêa e filhas, dr. Anísio Chaves, Gito Branco e senhora, Albino e Alberico Nóvoa, Pedro Galvão, Pedro Nogueira, Gregoriano Queirós, por si e pelo Santa Cruz Sport Club, Júlio Castro, Antônio Corrêa, Francisco Campos, Isaac Serruya, Ângelo Rodrigues, Raimundo Maciel, Pedro Maciel e filhas, José Agostinho e filha, João Moraes, Manoel Borges e senhora, Ovídio Câmara e senhora, coronel Cavalcanti, Alcides Pampolha e senhora, Apolônio Fona, Francisco Frazão e família, professoras Joaquina Caldeira, Olímpia Nunes, Maria Couto e Antonieta Teixeira, pelo Grupo Escolar, Manoel Loureiro, família Rocha e Sousa, Machado Freire, Desidério Bastos, Cesário Seabra, Justo Mota, Antônio Amaro, Manoel Bezerra, Joaquim Duarte, Pedro Maia, Antônio J. Sousa, Gustavo Sirotheau, Manuel Corrêa, Arbelo Guimarães, Oscar Coelho, Milton Wallace e irmã, Valeriano Colares, Astésio Macambira, José Braga, Antero Guimarães e irmã, Felisbelo Sussuarana, por si e pela redação de “A Cidade”, Manoel Oliveira Campos e filhas, Raimundo Frazão, Raimundo Castro, Trajano Mota e família, senhora Valnetim Novaes, professora Hilda Mota, Antônio Nunes, João Paulo Lopes e Manoel Ellers, pelo posto “Gaspar Vianna”, Antônio Reça, mme. Manoel Reça, Raimundo Figueira, etc..
Fizeram-se representar as Irmãs Clarissas, acompanhadas de uma turma de alunas, o apostolado do Coração de Jesus, com o respectivo estandarte, e a Pia União de Santo Antônio.
Entre diversas coroas que pendiam da urna funerária, destacavam-se duas, com as seguintes inscrições: Saudade de Dalila e Ailza e Último beijo da amiguinha Lili”.


NOTA: Publicado no jornal A Cidade de 23 de abril de 1927.

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