O
Ofício abaixo, feito pelos vereadores da Câmara de Vila Franca (foz do rio
Arapiuns), nos revela a situação posterior ao ataque epidêmico do ano de 1855
que, inclusive, impediu as reuniões da dita Câmara.
“Ilmo. e
Exmo. Sr.
Esta Câmara tem a honra (com pezar) comunicar a V. Exª que em virtude
de não se terem reunidos Vereadores em número competente para a Sessão
Ordinária de Outubro do ano p.p., deixou de funcionar dita Sessão, tendo dado
motivo a essa falta o destroço em que pos o Município a passada epidemia, por
que com quanto sua influência naquele tempo já tivesse felizmente desaparecido,
continuou a incomodar, suposto que mui benignamente, tomando por assim dizer o
caráter da moléstia a que as famílias por aqui chamão vulgarmente andaço e que
os Médicos dão-lhe diferentes nomes, sendo de notar que aqui no 1º Distrito ela
tem desaparecido inteiramente, e que no 2º, durante os meses de Outubro,
Novembro e Dezembro em que declinou, atacou a quase todas as pessoas seus
habitantes, e as que de diferentes Distritos ali se achavam para o fabrico do
peixe.
É com a maior satisfação que esta Câmara comunica a V. Exª que o estado
sanitário do Município presentemente é bom; pois no 2º Distrito mesmo já são
raros os casos epidêmicos que benignamente aparecem.
Deus Guarde á V. Exª. Paço da Camara Municipal de Villa Franca, em
Sessão Ordinária de 11 de janeiro de 1856.
(Ao) Ilmo. e Exmo. Sr. Conselheiro Sebastião do Rego Barros, Presidente
da Provincia.
Pedro José de Mattos, Presidente.
Jozé Fernandes Lopes, Manoel Martinho de Souza, Manoel Joaquim Bentes,
Gerenaldo Pereira Lopes”.
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