Há exatos 100 anos atrás, em
1916, as panificadoras santarenas tomaram uma iniciativa que mudou o antigo
costume existente na cidade, onde os fregueses podiam trocar os pães do dia
anterior por pães novos. Eis o que diz a respeito a nota publicada no jornal “O
Comércio” de 16 de dezembro daquele ano:
“MEDIDA DE HYGIENE
As
padarias desta cidade resolveram, entre outras medidas de interesse econômico,
não receber de suas freguesias os pães do dia anterior. Essa medida adotada
visa principalmente evitar as sobras de pães, sobremodo prejudiciais às
padarias numa quadra em que o preço da farinha de trigo está por um preço extraordinário.
Para não serem obrigados a diminuir o peso e tamanho do pão, já de si muito
reduzido, os padeiros tem necessidade de fabricar somente o necessário para o
consumo da cidade.
Além
de se justificar esta medida pelo lado econômico, representa uma providência de
grande alcance higiênico. Não há quem ignore que a troca do pão pode acarretar
para os consumidores sérios perigos. O pão restituído das casas onde existem
moléstias contagiosas poderá ser um propagador de males graves e incuráveis.
Essa
providência foi bem aceita por todos e vem ao encontro dos desejos da higiene
municipal”.
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