sábado, 16 de janeiro de 2016

O 5º Batalhão de Artilharia em Óbidos


Criado em virtude da Lei Nº 1.860, de 4 de janeiro de 1908, que reorganizou o Exército Nacional, a 25 de fevereiro de 1909, foi organizado em Óbidos o 5º Batalhão de Artilharia de Posição, servindo-lhe de “casco” uma bateria do antigo 4º Batalhão de Artilharia de Posição.

Constituíram então o seu estado maior os seguintes oficiais: comandante, tenente coronel Manoel José de Farias Albuquerque; fiscal, tenente coronel graduado Thomaz Cavalcante de Albuquerque; ajudante, capitão Tertuliano Antonio Pereira Barreto; comandante da 1ª bateria, capitão Aurélio Amorim e da 2ª, capitão João Ribeiro Gomes Filho; subalternos, 1os tenentes Francisco das Chagas Canindé Coutinho e Benedito Alves do Nascimento. Destes oficiais só estava presente na ocasião da organização, por ter pertencido ao antigo, o 1º tenente Canindé Coutinho, pelo que foi encostado ao 4º Batalhão, tendo como seus oficiais o mesmo deste corpo. Assim assinavam o expediente: como comandante, o 1º tenente Lins de Carvalho; como fiscal, o 1º tenente Philadelpho Cunha; como ajudante, o 1º tenente Canindé Coutinho e como comandante das baterias, o 2º tenente Graciliano de Negreiros, que nesta ocasião era o encarregado das obras militares em Óbidos.
A 20 de junho apresentou-se e assumiu o comando do Batalhão o sr. tenente coronel José Joaquim do Rego Barros; a 23, o mesmo Batalhão, que já havia recebido outros oficiais, embarcou na cidade de Óbidos, no vapor “Justo Chermont” com destino a esta capital, onde chegou a 28, aquartelando no edifício do antigo Arsenal de Guerra. Tem sido seus comandantes, até agora, os tenentes coronéis Manoel Portilho Bentes, Manoel Pantoja Rodrigues, Francisco Emilio Paes Barreto e Francisco Xavier Alencastro de Araújo que, aliás, como major sempre exerceu as funções de comandante, porque os tenentes coronéis classificados no mesmo pouco tempo aqui se demoravam.
Comemorando a festiva data, congratula-se o Estado do Pará com os briosos e dignos oficiais do 5º de Artilharia, na pessoa de seu ilustre comandante”.


NOTA: Publicado originalmente no Estado do Pará, Nº 1.414, de 1915.

3 comentários:

  1. Pe. Sidney, dos oficiais citados faço registro sobre dois: 1) O tenente coronel Manoel Portilho Bentes vem de ser o avô de minha esposa. 2) O tenente coronel José Joaquim do Rego Barros, comandante do Batalhão, teve seu nome dado à antiga praça de esportes do Quartel, que se chamava "Estádio General Rego Barros", pois atingiu esse elevado posto em sua brilhante carreira. Infelizmente, com a reforma do prédio do Quartel e sua doação à municipalidade, foi eliminado seu nome daquele logradouro, que deixou de ser estádio de futebol, passando a ser chamado de "Praça Centenário", onde acontecem os grandes eventos da cidade, como por exemplo o Carnapauxis.

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  2. 1º tenente Philadelpho Cunha, este militar era meu avô , queria perguntar ao Pe. Sidney se o conheceu . meu nome Ricardo Cunha sou paraense moro atualmente em Belém


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    1. Não o conheci... Mas creio que seu avô muito tenha feito pela cidade de Óbidos...

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