“Somos informados de que o sr. major Martins,
de Alenquer, trouxera em sua companhia e apresentará a sua excelência o sr.
presidente da Província, o chefe ou cabeça dos habitantes daquele quilombo,
onde há centenas de escravos fugidos e desertores, pedindo a sua intercessão
para que sejam declarados livres os escravos e agraciados os desertores, para o
fim de restituí-los ao seio da sociedade.
Não sabemos até
que ponto é exato o fato que nos referem, como não sabemos se alguma coisa
poderá fazer a presidência no sentido do pedido do digno sr. Martins; o que
sabemos é que é necessário extinguir aquele quilombo, seja por meio suasórios ou
conciliadores, seja por meio da força, porque o Quilombo do Inferno é desde muito tempo um estado e constitui o
terror dos habitantes das paragens que mais se lhe avizinham.
Neste intuito
faremos sinceros votos”.
NOTA: Publicado originalmente
no Diário de Belém e reproduzido no Jornal do Amazonas, Nº 85, de 1876.
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