terça-feira, 1 de março de 2016

O falecimento do médico Antônio Justa – 1941


“Faleceu o Dr. Justa! Foi a dolorosa notícia que correu célere pelos quadrantes da cidade, cobrindo de luto os corações da população de Santarém.
Em Fortaleza, capital do Estado do Ceará, no dia 7 do expirante, repentinamente sucumbiu esse humanitário médico cearense, que durante longos anos empregou suas atividades nesta cidade, numa obra meritória e de grande amparo à pobreza. Dr. Antonio Justa era a caridade personificada, e ao se retirar de Santarém para sua terra natal, no cumprimento de sagrada missão, grande lacuna se verificou no ramo de sua atividade, pois até hoje, ninguém esquece os inestimáveis serviços prestados pelo saudoso morto à pobreza santarenense.

Finalizando o registro do falecimento do Dr. Justa, assim se expressaram os nossos confrades do “Correio do Ceará”:
“Com que homenagens e tributos o Ceará poderá retribuir a notável obra social desenvolvida por Antonio Justa? Todas as homenagens que lhe forem prestadas não terão, porém, a significação desta que haverá de ser a maior de todas: as lágrimas da pobreza e dos leprosos”.
Destas colunas, lançamos um apelo ao nosso prefeito municipal, Sr. Mário de Freitas Guimarães, para que, perpetuando o nome de quem muito fez em Santarém e como preito de gratidão e saudade à grande sumidade medica cearense, dote o nome de uma das artérias da Perola do Tapajós com o nome de “Dr. Antonio Justa”.
Ainda não refeitos da grande dor que compungiu nosso coração, pedimos a Deus que, como prêmio à grande obra prestada à pobreza do Brasil, conserve o Dr. Antonio Justa no lugar a que fez jus e é merecedor.
Os nossos sentimentos à família enlutada”.


NOTA: Publicado no O Mariano de 31 de agosto de 1941.

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