“Faleceu
o Dr. Justa! Foi a dolorosa notícia que correu célere pelos quadrantes da
cidade, cobrindo de luto os corações da população de Santarém.
Em
Fortaleza, capital do Estado do Ceará, no dia 7 do expirante, repentinamente sucumbiu
esse humanitário médico cearense, que durante longos anos empregou suas
atividades nesta cidade, numa obra meritória e de grande amparo à pobreza. Dr.
Antonio Justa era a caridade personificada, e ao se retirar de Santarém para
sua terra natal, no cumprimento de sagrada missão, grande lacuna se verificou
no ramo de sua atividade, pois até hoje, ninguém esquece os inestimáveis
serviços prestados pelo saudoso morto à pobreza santarenense.
Finalizando
o registro do falecimento do Dr. Justa, assim se expressaram os nossos
confrades do “Correio do Ceará”:
“Com
que homenagens e tributos o Ceará poderá retribuir a notável obra social
desenvolvida por Antonio Justa? Todas as homenagens que lhe forem prestadas não
terão, porém, a significação desta que haverá de ser a maior de todas: as
lágrimas da pobreza e dos leprosos”.
Destas
colunas, lançamos um apelo ao nosso prefeito municipal, Sr. Mário de Freitas
Guimarães, para que, perpetuando o nome de quem muito fez em Santarém e como
preito de gratidão e saudade à grande sumidade medica cearense, dote o nome de
uma das artérias da Perola do Tapajós com o nome de “Dr. Antonio Justa”.
Ainda
não refeitos da grande dor que compungiu nosso coração, pedimos a Deus que,
como prêmio à grande obra prestada à pobreza do Brasil, conserve o Dr. Antonio
Justa no lugar a que fez jus e é merecedor.
Os
nossos sentimentos à família enlutada”.
NOTA: Publicado no O Mariano de
31 de agosto de 1941.
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