“A 02 de março p.p. de conformidade com o novo plano de estudos,
iniciou-se o ano letivo de nosso Ginásio, com missa festiva na Igreja Matriz, à
qual assistiram todos os alunos.
No
dia seguinte teve lugar a “lectio brevis”, primeira prelação pronunciada pelo
Exmo. Sr. Prelado que, novamente diretor do Ginásio, deu uma sucinta explicação
das normas educativas e disciplinares relativas ao novo ano ginasial.
Após
cantarem o Hino Nacional, dirigiram-se os alunos das diversas séries para as
suas respectivas salas de aula, onde os professores lhes expuseram os horários
e programas concernentes às diversas classes. Entre estas, pelo número de
alunos distingue-se a 1ª série com o total de 50 matriculados, cifra ainda não
alcançada anteriormente, excetuando-se a grande turma inicial, quando da
fundação do Ginásio.
O Centro Cívico Jakson de
Figueiredo também iniciou os seus
trabalhos logo na quinta-feira seguinte, dia 06, com uma reunião da diretoria,
na qual se deliberou sobre as normas a seguir neste ano. Entre outras, foi
decidido que as reuniões sejam doravante semanais e que mensalmente se realize
um júri simulado, marcando-se o dia 27 de março para o primeiro “Julgamento”.
Na
primeira sessão plenária, no dia 13, foi feita a matrícula dos novos candidatos
e após uma breve explicação das finalidades do Centro pelo Revmo. Diretor,
foram distribuídos os trabalhos para a sessão seguinte, que teve lugar no dia
20. Em nome dos novatos falou o consócio Antônio Simões que, em vez dos
aplausos recebeu uma portentosa vaia pela maneira inconveniente com que
desempenhou o seu papel.
Em
nome dos veteranos deu as boas vindas aos novos consócios, o orador oficial,
Hélio Braga. A tese da noite foi apresentada por Raimundo Almeida que falou
sobre o grande patrício, Visconde de Mauá. Uma poesia sobre Rui Barbosa foi
recitada sucessivamente por Pitágoras Almeida e Emir Bemerguy; João Queiroz e
Eros Bemerguy leram respectivamente as crônicas do externato e internato.
Determinados
os trabalhos para a sessão seguinte, terminou a sessão com o hino oficial do
Centro Cívico”.
NOTA: Publicado originalmente
no O Mariano de 30 de março de 1947.
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