terça-feira, 8 de março de 2016

Sobre os primórdios do Ginásio Dom Amando – 1942


É outro grande passo para o nosso desenvolvimento intelectual. Deste importante problema será também pioneiro o operoso Prelado, que já se tem mostrado ardoroso apologista da ideia e tudo fará, com certeza, para a instalação, no tempo oportuno, de mais esta fulgurante centelha de luz. O alcance desta iniciativa é tão momentoso, radical e ascendente que a todos poderá parecer um sonho. Entretanto, estou seguramente informado que o nosso estimando pastor está tão interessado pela solução deste problema como se o estivesse por outro palpitante assunto da Igreja. De resto, tão maravilhoso empreendimento será, por sem dúvida, o maior dos benefícios com quem se doará a família santarena, sempre ansiosa pelo futuro dos seus filhos, nos domínios das letras, das ciências e das artes.

Gosto muito de apreciar e enaltecer as personalidades que se destacam pela honestidade de suas atitudes e pela capacidade de suas realizações. Há dois anos, quando nos conferiu a honra de sua visita o Chefe da Nação, levados pelo conhecimento de S. Exc.ª os bons propósitos administrativos em prol do desenvolvimento desta comuna, aliei ao assunto o fator dos meus desejos, através do serviço telegráfico do “Folha do Norte”, em auxilio da patriótica visão administrativa do Prefeito Municipal. O chefe da Nação prometeu, e o principal prometido está sendo cumprido com o serviço de Águas.
Ao procurar interpretar o verdadeiro sentir da comunhão santarena, não sei se erro, mas acredito que todos bendizem, por uma só voz, a hora feliz que atravessamos.
Ajudemos, portanto, aos que trabalham. Ao lado deles cerremos fileiras e não lhes regateemos o nosso aplauso e o nosso apoio.
As obras relevantíssimas que trabalham dia e noite o cérebro fecundo do administrador apostólico de nossa Prelazia merecem uma assistência mais assídua e irrestrita, porque qualquer delas é uma fonte de luz para nós. Creio mesmo que, no porvir, a nossa encantadora “urbs” possa ser m verdadeiro Sol, irradiando para todos os quadrantes da bacia amazônica ou para mais além, os reflexo de uma mentalidade nova, robusta, sadia e construtiva”.


NOTA: Publicado no jornal O Mariano de 25 de fevereiro de 1942.

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